É muito comum, principalmente na mídia, rotular a Teoria do Desenho Inteligente (Tedeísmo) de Criacionismo, Neocriacionismo, Criacionismo disfarçado etc. Todavia, quem se presta a analisar ambas as propostas concluirá sem muito esforço que se trata de visões um tanto distintas. Na verdade, como o Desenho Inteligente faz uso de argumentos científicos (por exemplo, a questão da complexidade dos sistemas moleculares) é propositalmente rotulado de Criacionismo como uma forma de associá-lo à religião, buscando assim descartá-lo da discussão científica.
Sobre este assunto, Enézio E. de Almeida Filho (coordenador do NBDI - Núcleo Brasileiro de Design Inteligente) cita algumas razões porque o Design Inteligente não é mesma cousa que criacionismo. Vejamos:
"Criacionismo de Design Inteligente" não é rótulo neutro: é termo pejorativo, polêmico, inventado por alguns darwinistas para atacar o Design Inteligente por razões retóricas. Cientistas que apóiam o Design Inteligente não se descrevem como 'criacionistas de design inteligente' nem consideram a Teoria do Design Inteligente como criacionismo. O termo 'criacionismo de design inteligente' é inexato, inapropriado e tendencioso, especialmente de cientistas e jornalistas que estão tentando ser imparciais. "Teoria do Design Inteligente" é a descrição neutra da teoria.
A Teoria do Design Inteligente é baseada na ciência e não em textos sagrados.
O criacionismo defende a leitura literal da criação no livro de Gênesis pelo Deus da Bíblia há 6.000 anos atrás. A Teoria do Design Inteligente é agnóstica em relação à origem do design e não defende nenhum texto sagrado. A Teoria do Design Inteligente é um esforço de detectar empiricamente se o 'design aparente' observado pelos biólogos na Natureza é design genuíno (produto de uma inteligência organizadora) ou produto do acaso, necessidade e leis mecânicas naturais.
Detectar design na natureza vem sendo adotado por vários cientistas em renomadas faculdades e universidades americanas: Michael Behe, bioquímico da Lehigh University, Scott Minnich, microbiologista da University of Idaho e o matemático William Dembski na Baylor University entre muitos outros.
Os criacionistas sabem: a Teoria do Design Inteligente não é criacionismo. Dois grupos criacionistas importantes, Answers in Genesis Ministries - AIG e o Institute for Creation Research - ICR criticaram o Movimento de Design Inteligente (MDI) porque a Teoria do Design Inteligente não defende o relato bíblico de criação.
Como o darwinismo, a Teoria do Design Inteligente pode ter implicações religiosas, mas são distintas de seu programa científico. A Teoria do Design Inteligente, como o Big Bang, pode ter implicações em áreas fora da ciência (teologia, ética e filosofia), mas distintas do Design Inteligente como programa de pesquisa científica. Nesta questão, a Teoria do Design Inteligente não difere da Teoria da Evolução.
Darwinistas importantes tiram implicações teológicas e culturais da teoria da evolução. Richard Dawkins, da Oxford University, afirmou que 'só depois de Darwin é possível ser um ateu intelectualmente satisfeito'. E. O. Wilson, de Harvard, emprega a biologia darwinista para desconstruir a religião e as ciências humanas”.
É isso!
Qual espécie o designer alterou para produzir o ser humano?
ResponderExcluirDesign inteligente não é história natural.
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