sábado, 25 de julho de 2009

Os frágeis argumentos contra o Tedeísmo

Em certa ocasião, quando indagado acerca do por que a Teoria do Desenho Inteligente seria a mesma cousa que Criacionismo, um darwinista justificou seu argumento com a seguinte explicação (SIC):

”A partir do momento que afirma que algo só pode ter sido criado por uma "mente superior" (sobrenatural) e não ter qualquer evidências do que afirma e ainda por cima não se utilizar de qualquer metodologia científica para tal, já pode ser considerado como criacionista. E a Academia Nacional de Ciência dos EUA já rebaixou o DI a essa categoria há um bom tempo...”.

Sempre achei os argumentos darwinistas contra o Tedeísmo fraquinhos e cheios de retóricas vazias e repetitivas. A prova está aí... Se não, vejamos...

1 – ”A partir do momento que afirma que algo só pode ter sido criado por uma "mente superior" (sobrenatural)...”

Existe alguma regra científica, algum livro de ciência ou estauto de sociedades científicas que demonstram que o “Sobrenatural” ("Inteligência Superior") nunca afetou a natureza? De que maneira esse tipo de argumento ajuda em alguma coisa? Por acaso diz quais questões estão além da competência da ciência? Fornece diretrizes para separar a ciência da pseudociência? Oferece uma definição do que seja ciência? Ou seja: apesar de, a priori, não ter nenhuma razão para acreditar que nada existe além da natureza, simplesmente acha que não constitui boa ciência oferecer o sobrenatural como explicação de um evento natural. Ora, isso é ridículo em se tratando de ciência!

Por esta lógica bisonha, muitas coisas poderiam reivindicar o título de “ciência” apenas pelo fato de invocar forças materiais. Ora, em que esta postura se diferencia de um argumento religioso dogmático?

Se não pode submeter a teste o Planejador Inteligente, também não se pode fazer o mesmo em relação aos supostos ancestrais extintos. Isso é lógico! O que importam são as evidências que apontam para o plano. Sim, afinal, o fato de não podermos submeter a teste a pessoa de Santos Dumont, isso em nada implica que o avião não exista. Da mesma maneira, o fato de não podermos testar a presença do Planejador num tubo de ensaio em nada significa que o motor flagelar e sua irredutibilidade não existam!

Como diz Behe:

“A ciência pode ser capaz de estudar o movimento de cometas que atualmente aparecem nos céus e submeter a teste as leis da mecânica newtoniana que descrevem o movimento dos cometas. Ela, porém, jamais poderá estudar o cometa que supostamente chocou-se com a terra há milhões de anos. Pode, no entanto, observar os efeitos duradouros dele na Terra moderna. De forma análoga, pode observar os efeitos que um planejador produziu sobre a vida”.

2- ...”e não ter qualquer evidências do que afirma e ainda por cima não se utilizar de qualquer metodologia científica para tal, já pode ser considerado como criacionista”.

As evidências da TDI já foram amplamente discutidas no âmbito acadêmico, e estão fundamentadas essencialmente na Complexidade Irredutível – CI (Michael Behe: “A Caixa Preta de Darwin”) e na Complexidade Especificada – CE (William Dembski: “The Design Inference"). O fato de alguém ACHAR que sejam evidências não as tornam menos evidentes! A mera opinião pessoal, neste caso, é tão útil quanto água em pó: para bebê-la acrescente água!

3 – “E a Academia Nacional de Ciência dos EUA já rebaixou o DI a essa categoria há um bom tempo...”.

Essa é boa!
Quer dizer que agora a ciência é feita por decreto ou por voto da maioria?


Ora, na época da flogística a Academia dominante havia “rebaixado” teorias alternativas, e o resultado consta nos anais da história: caiu a teoria, e a reboque se seguiu a Academia!

Lembrando que em 2002, o comitê da AAAS publicou uma resolução atacando frontalmente a Teoria do Design Inteligente como não-científica. Todavia, em tal processo foram utilizadas todas as armas, menos àquelas relacionadas à ciência. Prova disso é que, após tal resolução ser publicada, perguntou-se aos membros do Comitê da AAAS quais livros e artigos escritos por cientistas do Desenho Inteligente eles teriam lido antes de tomar esta resolução, e a resposta foi simplesmente que o assunto havia sido analisado por todo o grupo. Outros membros apenas disseram que havia lido cuidadosamente fontes identificadas na Internet.

Assim, parece claro que os membros do comitê da AAAS aparentemente votaram pura e simplesmente com intenção de declarar o Desenho Inteligente como não-científico, sem estudar eles mesmos os livros acadêmicos e artigos apresentados pelos cientistas que propunham a teoria. Não custa lembrar ainda que um bom número dos cientistas que apóiam o Desenho Inteligente são membros da AAAS, de modo que o Comitê da AAS claramente não falou por todos os membros da organização.

Ciência não se decide em tribunais, por decreto, por unanimidade acadêmica ou por consenso de um grupo. Mas, lamentavelmente a ciência real nunca foi neutra e sempre refletiu interesses de grupos específicos. Ademais, a posição da maioria de um grupo não reflete a posição do grupo como um todo.

É isso!

Um comentário:

  1. Acreditar que o acaso motiva e ordena tudo, acaba por levar a mais absurda das 'religiões'...
    --Por acaso o Big Bang aconteceu, e numa improvável sequência de fatos, surgiram as partículas elementares, com todos os pre-requisitos para interagirem perfeitamentemente possibilitando o universo propício ao surgimento da vida (que por acaso iniciou-se),então, depois de uma série de acasos 'surgiu a consciência' que até o momento não há qualquer consenso ou explicação sobre a sua natureza última. O acaso então passa a ser considerado a razão última da existência, uma espécie de deus sem sabedoria, mas que 'sabe' tudo...
    Ou seja, o deus-acaso...! E aí 'tá tudo resolvido'; e pensar além das vertentes do acaso, 'não é necessário', 'não é científico', os 'sábios' consideram religião.

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