segunda-feira, 17 de maio de 2010

As células e seus poderosos motores

Se uma máquina molecular por si mesma já é uma maravilha, que se dirá de um conjunto delas trabalhando coordenadamente?

Recentes artigos e notícias informam que é exatamente isto o que ocorre nas células vivas: os motores moleculares coordenam seus esforços, ou seja, estão ligados por coordenação, trabalhando para uma determinada função.

O
Science Daily, por exemplo, publicou uma noticia acerca do assunto, na qual se lia:“inclusive dentro da célula, a mão esquerda sabe o que o esta fazendo a direita”.

Os pesquisadores da Universidade de Virgínia afirmaram “que os motores moleculares funcionam de uma maneira assombrosamente coordenada”, quando umas “simples” algas chamadas Chlamydominas tem que se deslocar por meio de seus flagelos. Isto contradiz modelos anteriores que representavam os motores competindo entre si como num cabo-de-guerra.

"A nova pesquisa da Universidade de Virgínia proporciona sólidas provas de que os motores estão realmentefuncionando em coordenação, todos se movendo em uma direção, como se estivesse sob as mesmas ordens, ou em direção oposta – e novamente, como se estive sob um controle rigoroso.”

É como que imaginar um líder ou supervisor que comanda o processo. Compreender isto poderia servir de ajuda em tratamentos de transtornos neurodegenerativos. O artigo não fez menção da evolução. Os pesquisadores publicaram suas pesquisas PNAS.

Outro sistema celular do qual informava o
Science Daily tem relação com a coordenação de componentes independentes. A transposição de ADN composta de ARN mensageiro sai do núcleo em pequenos motores em 3D, “esticando-se” por um código linear para ser lido pelo ribossomo. E mais uma vez o artigo não diz nada acerca de evolução.

Aos darwinistas cabe agora a dura missão de tentar explicar sob a lógica do acaso (e de seus “aliados”) a ação coordenada de múltiplas peças necessárias para um determinada função, na qual a menor falha de qualquer um de seus componentes, pode levar à doença e até à morte.

Se conseguirem tal proeza sem ginásticas filosóficas e devaneios ateístas, restam-lhe à glória, ou, quiçá, o “Troféu Popper de Epistemologia.”
((rs))

É isso!

Referência:
Laib, Marin, Bloodgood and Guilford, «The reciprocal coordination and mechanics of molecular motors in living cells», Proceedings of the National Academy of Sciences EE. UU., publicado en línea el 12 de febrero de 2009, doi: 10.1073/pnas.0809849106.

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